No blog do Cosme Rímoli - http://blogdocosmerimoli.blog.uol.com.br/ - tem uma interessante entrevista com o lateral Gustavo Nery, que atualmente está no elenco do Internacional de Porto Alegre.
Segue abaixo a matéria (26/02/2009):
O triste fim de Gustavo Nery?
Um dos maiores motivos para o Internacional ter montado um elenco milionário é o fato de estarmos em 2009. O clube completa 100 anos. E também faz 30 anos que o clube conseguiu o título brasileiro de forma invicta. Além do Brasileiro, a equipe irá disputar o Gaúcho, a Copa do Brasil, a Recopa Sul Americana, a Copa Suruga Bank e a Copa Sul-Americana. Jogos em excesso.
Todos os 33 atletas terão chance de atuar. Todos menos um. Gustavo Nery. Ele não está sendo sequer relacionado para ficar na reserva pelo técnico Tite.
Aos 30 anos, o lateral esquerdo vive o pior inferno astral na carreira. Ficou a saudade da conquista da Copa América de 2004 com a Seleção Brasileira. Do título nacional com o Corinthians. Foi vice com o Fluminense no ano passado da Libertadores, mas estava na reserva. Estava também no grupo do Inter campeão da Sul-Americana em 2008. Mas não era titular. Atualmente, nem isso. Enquanto os titulares estavam hoje concentrados para enfrentar o Novo Hamburgo pela semifinal do primeiro turno gaúcho, Gustavo Nery desabafou ao blog. Depois foi treinar. Como se vivesse um dia comum de um atleta que só complementa o elenco de um time de futebol.
C.R: Gustavo, o que aconteceu com você? Com o seu futebol?
G.N.: Não sei dizer. Eu continuo jogando da mesma maneira. Treinei na meia esquerda durante a pré-temporada. E bem. Eu tinha certeza que começaria o ano como titular. Em todo treinamento, meus companheiros me perguntam o que foi que eu fiz. Não estou ficando nem na reserva. Não fiz nada para o Tite. Só que ele não me coloca para jogar, nem me relaciona para as partidas. Está chato demais. Eu sou um jogador que precisa estar em campo. Se não entro perco o ritmo. Isso me atrapalhou muito nos meus últimos clubes. Mas não esqueci de jogar, não. Acredito ainda em mim.
C.R.: Você brigou, falou mal, discutiu com o Tite?
G.N.: Nada, cara. Não fiz nada. Eu não sou jogador de perguntar para o treinador porque não está me escalando. Respeito a hierarquia. Ele é o técnico, ele é quem manda. Eu obedeço.
C.R.: Desculpe a franqueza, mas você ficou marcado como um jogador que não é de grupo. Desde quando o Nelsinho o chamou de 'laranja podre' no São Paulo...
G.N.: Pois é, sei disso. Mas depois ficou claro que ele estava errado. Fui muito bem no São Paulo depois que o Nelsinho saiu. Era o Rogério Ceni, o Luís Fabiano e eu os que mais jogavam. Fui até para a Seleção Brasileira depois disso. Foi uma grande bobagem, um erro do Nelsinho. Prejudicou a minha carreira, mas passou. O que acontece agora é que o Tite não me escala. Sei que vocês que estão em São Paulo estão estranhando. Mas eu também estou.
C.R.: Você chegou a ser dispensado do Internacional?
G.N.: Foi uma grande mentira que foi publicada e que 'quebrou as minhas pernas'. Eu não sou jogador de ser dispensado. O Inter me deu uma semana para acertar uma transferência para os Emirados Árabes. Fui para lá e deixei tudo certo para quando acabar o meu contrato, no dia 22 de julho que é o meu aniversário. Vou completar 31 anos e mudar a minha vida.
C.R.: Mas até lá você não se importa em ficar fora dos jogos?
G.N.: O que eu posso fazer? Sei do meu potencial. Mas respeito o técnico, os companheiros. a diretoria e o clube que me paga. Sei que se houver um clube interessado eu posso disputar o Brasileiro em outra equipe e ir para os Emirados em dezembro. Existe essa possibilidade. Eu não estou acabado para o futebol. Longe disso.
C.R.: Você ainda aconselha alguém a te contratar?
G.N.: Lógico. Estou bem demais fisicamente. Nos treinos tenho mostrado que sou bastante útil. Quem quiser um lateral esquerdo, meia, volante canhoto é só me ligar. Eu sou meu próprio empresário. Minha carreira não acabou, não acabou... Eu vou mostrar que não acabou.
(Kléber, ex-Santos, e contratado por Delcir Sonda, é o titular do Inter. Marcelo Cordeiro, vindo do Vitória é o reserva. Gustavo Nery é apenas a terceira opção.)
Segue abaixo a matéria (26/02/2009):
O triste fim de Gustavo Nery?
Um dos maiores motivos para o Internacional ter montado um elenco milionário é o fato de estarmos em 2009. O clube completa 100 anos. E também faz 30 anos que o clube conseguiu o título brasileiro de forma invicta. Além do Brasileiro, a equipe irá disputar o Gaúcho, a Copa do Brasil, a Recopa Sul Americana, a Copa Suruga Bank e a Copa Sul-Americana. Jogos em excesso.
Todos os 33 atletas terão chance de atuar. Todos menos um. Gustavo Nery. Ele não está sendo sequer relacionado para ficar na reserva pelo técnico Tite.
Aos 30 anos, o lateral esquerdo vive o pior inferno astral na carreira. Ficou a saudade da conquista da Copa América de 2004 com a Seleção Brasileira. Do título nacional com o Corinthians. Foi vice com o Fluminense no ano passado da Libertadores, mas estava na reserva. Estava também no grupo do Inter campeão da Sul-Americana em 2008. Mas não era titular. Atualmente, nem isso. Enquanto os titulares estavam hoje concentrados para enfrentar o Novo Hamburgo pela semifinal do primeiro turno gaúcho, Gustavo Nery desabafou ao blog. Depois foi treinar. Como se vivesse um dia comum de um atleta que só complementa o elenco de um time de futebol.
C.R: Gustavo, o que aconteceu com você? Com o seu futebol?
G.N.: Não sei dizer. Eu continuo jogando da mesma maneira. Treinei na meia esquerda durante a pré-temporada. E bem. Eu tinha certeza que começaria o ano como titular. Em todo treinamento, meus companheiros me perguntam o que foi que eu fiz. Não estou ficando nem na reserva. Não fiz nada para o Tite. Só que ele não me coloca para jogar, nem me relaciona para as partidas. Está chato demais. Eu sou um jogador que precisa estar em campo. Se não entro perco o ritmo. Isso me atrapalhou muito nos meus últimos clubes. Mas não esqueci de jogar, não. Acredito ainda em mim.
C.R.: Você brigou, falou mal, discutiu com o Tite?
G.N.: Nada, cara. Não fiz nada. Eu não sou jogador de perguntar para o treinador porque não está me escalando. Respeito a hierarquia. Ele é o técnico, ele é quem manda. Eu obedeço.
C.R.: Desculpe a franqueza, mas você ficou marcado como um jogador que não é de grupo. Desde quando o Nelsinho o chamou de 'laranja podre' no São Paulo...
G.N.: Pois é, sei disso. Mas depois ficou claro que ele estava errado. Fui muito bem no São Paulo depois que o Nelsinho saiu. Era o Rogério Ceni, o Luís Fabiano e eu os que mais jogavam. Fui até para a Seleção Brasileira depois disso. Foi uma grande bobagem, um erro do Nelsinho. Prejudicou a minha carreira, mas passou. O que acontece agora é que o Tite não me escala. Sei que vocês que estão em São Paulo estão estranhando. Mas eu também estou.
C.R.: Você chegou a ser dispensado do Internacional?
G.N.: Foi uma grande mentira que foi publicada e que 'quebrou as minhas pernas'. Eu não sou jogador de ser dispensado. O Inter me deu uma semana para acertar uma transferência para os Emirados Árabes. Fui para lá e deixei tudo certo para quando acabar o meu contrato, no dia 22 de julho que é o meu aniversário. Vou completar 31 anos e mudar a minha vida.
C.R.: Mas até lá você não se importa em ficar fora dos jogos?
G.N.: O que eu posso fazer? Sei do meu potencial. Mas respeito o técnico, os companheiros. a diretoria e o clube que me paga. Sei que se houver um clube interessado eu posso disputar o Brasileiro em outra equipe e ir para os Emirados em dezembro. Existe essa possibilidade. Eu não estou acabado para o futebol. Longe disso.
C.R.: Você ainda aconselha alguém a te contratar?
G.N.: Lógico. Estou bem demais fisicamente. Nos treinos tenho mostrado que sou bastante útil. Quem quiser um lateral esquerdo, meia, volante canhoto é só me ligar. Eu sou meu próprio empresário. Minha carreira não acabou, não acabou... Eu vou mostrar que não acabou.
(Kléber, ex-Santos, e contratado por Delcir Sonda, é o titular do Inter. Marcelo Cordeiro, vindo do Vitória é o reserva. Gustavo Nery é apenas a terceira opção.)
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